Há relações entre racismo e uso de drogas? Eduardo Ribeiro responde

No dia 20 de novembro se comemora o Dia da Consciência Negra no Brasil, uma data importante para refletirmos como a guerra às drogas alimenta o racismo no Brasil e no mundo. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos evidencia que  brancos e negros praticam a venda e o uso de drogas, porém negros têm cerca de 2,6 mais chances de serem presos por crimes relacionados ao tráfico.

Para falar sobre isso, entrevistamos o professor da Rede Pública Eduardo Ribeiro, Coordenador da Iniciativa Negra Por Uma Nova Política sobre Drogas e membro da Rede Latino-Americana de Pessoas que Usam Drogas, que nos conta que a guerra às drogas sempre foi uma guerra contra pessoas.

Qual a importância do dia da consciência negra?

O dia 20 de novembro é um marco importante não apenas para demarcarmos a importância da luta negra contra a escravidão. É outro de tantos momentos para reapresentarmos a centralidade da luta pela superação do racismo, elemento estruturador das relações políticas, econômicas, sociais e culturais no Brasil. É um momento de visibilidade da contribuição negra para a construção do Brasil a partir do signo da luta, e também um espaço em disputa, onde diversas narrativas pronunciam o protagonismo negro no entendimento do momento atual do país. O 20 de novembro são as mulheres pretas em marcha, e é como sempre estiveram. São jovens empretecendo e encrespando as ruas. É mais um motivo para a celebração das nossas memórias, renovação das nossas esperanças e alimento das nossas batalhas.

Você considera que há alguma relação entre racismo e uso de drogas?

Conseguir vincular a pauta da política sobre drogas com a pauta da juventude negra é poder dar nome às mortes que vêm sendo contabilizadas ao longo dos anos e que são legitimadas pela ideia de que existe uma guerra às drogas; a história do proibicionismo nos demonstra que a guerra às drogas sempre foi uma guerra às pessoas: ela criminaliza a pobreza e encarcera a juventude negra.

A permanência constante na história brasileira de um estereótipo racializado na construção dos “suspeitos”, levantados pela ideia das classes perigosas no início do século passado, e que organiza o saber-fazer policial, está também conformada de forma estrutural no sistema judiciário brasileiro. Aqui, a seletividade do sistema penal desdobra-se sobre um ideal punitivista que focaliza alguns segmentos sociais e tipos de delito, sobretudo os crimes contra o patrimônio e o tráfico de drogas, e se dedica ao aprisionamento e execução da população negra. Observemos a persistência de mazelas históricas no sistema prisional e a reprodução constante de desigualdades no campo da justiça criminal, pois esse modelo é parte de um projeto político das elites, e não é acessório: é estruturante.

Quais são as saídas possíveis para a inegável violência e o encarceramento da juventude negra no Brasil?

É fundamental pensarmos medidas de desencarceramento. A proteção das mulheres encarceradas, mães, gestantes sobretudo, é urgente, necessário, e o serviço ofertado é desumanizante, degradante. A urgência em determinarmos um marco legal para substâncias tornadas ilícitas não pode vir desacompanhada de medidas que combatam o racismo institucional, que estrutura o nosso modelo de segurança pública e o judiciário. É fundamental aliarmos a proteção à vida ao um modelo de promoção de acesso a direitos para a nossa juventude negra. Desmilitarizar a polícia e estruturamos um modelo de segurança pública que oferte a proteção, e não a guerra, como saída é fundamental. E também é preciso encontrar mecanismos de acolhimento ao uso abusivo das substâncias, baseados no respeito aos direitos humanos, à autonomia e à promoção de cidadania.

PROJETO REDES: promovendo a integração intersetorial

 

O Projeto REDES é uma iniciativa da SENAD-MJ em parceria com a área técnica de saúde mental do Ministério da Saúde e com o Ministério do Desenvolvimento Social que visa promover a aproximação entre as políticas de saúde, prevenção, segurança, proteção e inclusão social.

 

A professora Tânia Maris Grigolo, doutora em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especialista em Saúde Mental Coletiva pela Universidade de Santa Maria (UFSM), é interlocutora do projeto e nos conta um pouco sobre ele.

“O Projeto iniciou em 2014 em 20 municípios, com uma metodologia problematizadora das realidades locais e de apoio técnico, oferecendo um articulador de rede intersetorial para cada município participante.

O objetivo é desenvolver metodologias de integração entre as políticas públicas dos municípios, através da constituição de fóruns de gestão compartilhada, de canais de diálogo, de lugares de encontro, entre os profissionais das diversas redes, para que debatam e avaliem permanentemente as formas de prevenção, promoção e cuidado à saúde, de inclusão e de exercício da cidadania das pessoas com problemas relacionados às drogas.

Dessa forma, o REDES tem promovido e fortalecido, com a mediação do articulador, lugares de encontro das redes intersetoriais, conseguindo fortalecer os atores locais, gestores e profissionais, que, juntos, conseguem enfrentar com maior resolutividade os obstáculos que enfrentam para a criação, qualificação e funcionamento das Redes de Cuidado e promoção de vida.

Além disso, em 2016 o REDES ampliará seu apoio de articulação intersetorial para mais 30 municípios e já está colhendo os frutos de um trabalho desafiador! Afinal, precisamos desenvolver tecnologias de cuidado em rede, pois todos estão aprendendo a atuar de forma integrada. A grande maioria dos municípios já possui muitos serviços, pontos de atenção, unidades de atendimento, mas ainda faz seu trabalho de forma isolada intra e intersetorialmente e de forma fragmentada. Os resultados demonstram que investir na qualificação e articulação dos trabalhadores e dos serviços quebra resistências e abre as portas do cuidado às pessoas que fazem uso problemáticos de drogas.

O projeto REDES também construiu, com os municípios participantes em 2015, uma ação específica para a população mais vulnerável ao uso de álcool e outras drogas: a população em situação de rua. O Projeto de Inserção vai apoiar a inclusão socioeconômica, o cuidado e a emancipação das pessoas mais expostas aos riscos psicossociais nos municípios que fazem parte do REDES.

Os Conselhos da Sociedade Civil têm também um papel muito importante para a integração das redes e nesse projeto, pois a participação da comunidade, de atores sociais que propõem e fiscalizam as ações governamentais, permite o surgimento de agentes de mudanças. Os Conselhos Municipais de Políticas sobre Drogas, por exemplo, estão se reestruturando em muitos municípios e estados,  adquirindo uma composição ampliada e democratizada. É um desafio que os conselhos incluam os usuários e familiares e passem a atuar como agentes de defesa dos seus direitos às melhores formas de prevenção, de cuidado e à cidadania de todos.

Equipe do NUTE conta a experiência na realização de Projetos de Intervenção

Durante a 6ª edição do CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS, os cursistas construíram, individual ou em grupos, um projeto de intervenção, apresentado no fim do Curso, que serviu como avaliação final. Ao todo foram entregues mais de cinco mil projetos.

O projeto foi construído levando em conta os conteúdos do Curso e a aplicação prática desses conhecimentos. Por meio de atividades realizadas em cada capítulo, os cursistas aprenderam a escolher uma problemática, delimitar um objetivo, estabelecer uma metodologia e métodos de avaliação e também descobrir formas de captação de recursos. A ideia dos projetos de intervenção foi capacitar os participantes para, ao final do Curso, estarem capacitados para construí-los e aplicá-los em suas comunidades.

A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (PEN/UFSC), Patrícia Ilha, que participou da coordenação da equipe de mediação da aprendizagem (EMA), da 6ª edição do Curso, conta um pouco como foi a realização dos projetos de intervenção.

“Na 6ª edição, contamos com uma ferramenta de aprendizagem inédita: a realização de um Projeto de Intervenção, cujo objetivo era fazer com que os cursistas voltassem suas atividades para a realidade de suas comunidades, realizando um levantamento sobre os vários aspectos envolvidos nos problemas relacionados ao uso de drogas, principalmente no que se refere às potencialidades e fragilidades do território em questão. A partir desse levantamento de dados, os cursistas deveriam construir projetos bem fundamentados para prevenir ou intervir na problemática em questão, com o intuito de promover o bem-estar integral dos sujeitos que faziam parte dos territórios aos quais os cursistas pertenciam, levando em consideração aspectos de saúde, sociais e psicológicos. Podemos observar no gráfico abaixo os dados referentes a quantidade de projetos recebidos na 6ª edição.

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Alguns cursistas elaboraram seus projetos de forma individual, outros preferiram realizar essa atividade em grupo, reunindo-se de acordo com interesses temáticos comuns ou com a proximidade regional. Mesmo sendo um curso a distância, muitos acabaram encontrando-se para desenvolver um trabalho coletivo que tinha como finalidade colaborar para melhoria de suas comunidades.

Dentre essas propostas de trabalho, citamos três, que foram publicadas no ebook da edição anterior. A primeira é do cursista André Luiz Dantas da Cunha, de Jequié, na Bahia, que elaborou um projeto de promoção de saúde, com o intuito de identificar os danos causados pelo crack na cavidade oral e proporcionar uma melhoria na saúde bucal desses usuários, evitando perdas dentárias, cáries e outros problemas que poderiam afetar a saúde dessa população.

Outro interessante projeto foi o da Ana Paula Alvarenga, de Uberlândia, Minas Gerais. Construído sob a perspectiva da redução de danos, o projeto foi direcionado aos usuários que iriam cumprir ou estavam cumprindo alguma pena e/ou medida alternativa, em que o delito tenha sido uso ou comércio e outros atos relacionados a drogas (conforme disposto na Lei n.º 11.343/2006). Tal projeto delimitou como objetivos articular as diretrizes da Redução de Danos com as tecnologias de cuidado que afirmam a cidadania, os direitos humanos e o protagonismo dos usuários e reduzir a porcentagem de reentrada de usuários no judiciário por delitos da mesma natureza – temática pouco abordada e de extrema importância, principalmente no que se refere à nova política da SENAD.

No Rio Grande do Sul, na cidade de Gravataí, a cursista Juliana Gomes Fiorott elaborou um belo projeto de prevenção para ser desenvolvido com adolescentes em situação de risco, com o objetivo de estabelecer uma rede de apoio, na qual seria realizado um trabalho de prevenção do uso de drogas através de encontros organizados em forma de roda de conversa, fazendo com que os próprios adolescentes pesquisassem os tipos e efeitos de drogas, e, a partir disso, seriam feitas discussões referentes à temática de forma a ampliar a consciência dos menores atendidos em relação ao objeto de estudo, reduzindo as motivações que poderiam levá-los ao uso de drogas.

Os projetos apresentados foram os mais variados, e todos mostraram uma visão humana no cuidado com o próximo, levando em consideração a individualidade e as necessidades de cada região.

A atividade foi um grande desafio, enfrentado com sucesso, que visava o exercício da prática comunitária, levando os aprendizados além das telas do computador e da teoria.”

Supervisora do Fortalecendo famílias conta como funciona o programa

O Programa Fortalecendo Famílias – PFF é uma metodologia preventiva voltada para famílias com filhos entre 10 e 14 anos. O programa acontece ao longo de sete semanas com atividades para pais e filhos e tem duração de duas horas por encontro.

A idéia é uma adaptação feita pelo Ministério da Saúde a partir da versão do Strengthening Families Programme, criada no Reino Unido.  Para a condução dos encontros são necessários três facilitadores. No Brasil, os profissionais formados são, em sua maioria, da Proteção Básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e que geralmente já trabalham com famílias no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS. Não há, entretanto, restrição para que outros profissionais de diferentes setores atuem no Programa.

Na entrevista a seguir a supervisora nacional do Programa Fortalecendo Famílias Viviane Rocha, conta como funciona o programa e mostra alguns resultados  expressivos na produção de mudanças comportamentais.

O que exatamente acontece ou deixa de acontecer na família que pode proporcionar um ambiente de proteção ao invés de risco?

Quando conversamos sobre prevenção, é comum que as pessoas tenham uma ideia já formada de que o núcleo familiar tem muita importância nas escolhas que os membros daquela família farão ao longo da vida. Para  o Programa Fortalecendo Famílias são os vínculos entre pais e filhos os grandes indicadores de que as pessoas ali poderão seguir rumos benéficos incluindo sua saúde mental.

Qual é a proposta do programa Fortalecendo Famílias para fortalecer esses vínculos?  

A proposta desse programa é desenvolver atividades em grupo ao longo de sete semanas abordando temas comuns ao cotidiano de uma família. Em cada um dos sete encontros, acontecem os três tipos de reunião: pais, filhos e família. Pais e filhos participam de encontros separados porém simultâneos. Assim que se encerram as atividades específicas, as famílias se reúnem num único espaço e passam a trabalhar juntos. No total, o encontro dura cerca de duas horas.

Quais são os temas trabalhados no programa?

Os temas propostos vão desde atitudes gentis e de elogio uns aos outros até a construção de um projeto de vida, passando pelo desenvolvimento de habilidades de comunicação assertiva, empatia, solução de conflitos, estabelecimento de regras de convivência e diversão em família.

O que se espera do Fortalecendo Famílias e quais são os resultados já observados?

Como resultado, espera-se que essas famílias tenham progressivamente mais habilidade para lidar com os conflitos e dar suporte mútuo expressando afeto, amor sem abrir mão dos limites necessários.

O programa apresenta resultados internacionais expressivos na redução dos comportamentos agressivos, antissociais e do abuso de álcool, além do fortalecimento dos vínculos. No Brasil, os dados de avaliação da intervenção brasileira, realizada pela Universidade de Brasília (UnB), demonstram que os jovens e seus familiares identificaram-se com as atividades e fizeram ótima adesão às ações. Os participantes apresentaram bons níveis de participação, satisfação com os procedimentos e apreciação dos temas como relevantes para a própria vida.

Desde 2013 foram formados mais de 280 profissionais para a condução dos encontros com as famílias nas seguintes cidades: Brasília – DF, São Paulo -SP, São Bernardo do Campo – SP, Florianópolis -SC, Fortaleza-CE, Rio Branco e região do Alto Juruá, no Acre. Até o momento, mais de 50 grupos foram realizados totalizando 400 famílias que finalizaram o PFF.

O que é o programa Jogo Elos – Construindo Coletivos?

Articulado nacionalmente pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD-MJ), o Jogo Elos – Construindo Coletivos é um programa preventivo, direcionado a crianças entre seis e dez anos, que vem sendo aplicado em diversas regiões brasileiras. O programa se traduz em uma proposta lúdica na qual educandos, divididos em equipes, são convocados a seguir certas regras de convivência, combinadas coletivamente entre alunos e professor.

Com o objetivo de construir novos modos de convivência social, o programa busca incidir sobre comportamentos do tipo agressivo, hiperativo, tímido e isolado socialmente, considerados fatores de risco a possíveis problemas psicossociais, entre eles o envolvimento abusivo com o uso de álcool e outras drogas.

O Jogo Elos, nome dado ao programa em sua adaptação cultural para a realidade brasileira, foi desenvolvido originalmente na década de 1960, na Universidade de Kansas, EUA, pelos pesquisadores Harriet Barrish, Muriel Saunders e Montrose Lobo, com o intuito de ajudar os professores a gerirem melhor suas salas de aula e contribuírem na mudança comportamental positiva de seus estudantes.

A coordenadora de Saúde Mental, do Ministério da Saúde, Raquel Turci Pedroso, e a multiplicadora nacional do programa, Flora Lorenzo, contam um pouco sobre o Jogo Elos:

O Elos é implementado por professores e se configura como uma estratégia lúdica de mediação das relações interpessoais no contexto de sala de aula. O educador, por meio do fomento ao trabalho em coletivos, atua na sensibilidade e respeito das crianças em relação a si mesma, ao outro e ao que é do grupo. O jogo é conduzido de três a cinco vezes por semana durante todo o ano letivo, podendo ser realizado em conjunto com qualquer atividade pedagógica que não necessite da intervenção direta do educador.

O programa propõe a redução de fatores de risco e o favorecimento de fatores de proteção ao uso e abuso de álcool, tabaco e outras drogas nos ambientes escolar e familiar às crianças da faixa etária atendida. Abrange ações voltadas à redução de interações que aumentam potencialmente sua vulnerabilidade, especificamente interações caracterizadas como agressivas, de dispersão e de retraimento nos contextos de sala de aula. Paralelamente, pretende fomentar o desenvolvimento de habilidades de vida e de proteção ao fenômeno em questão.

Fomentar atitudes positivas e colaborativas promovendo a construção de coletivos democráticos; oportunizar o desenvolvimento de habilidades sociais como autoconhecimento, autocontrole, autonomia, assertividade, empatia, escuta, oralidade e tolerância; fortalecer o vínculo entre alunos e professores, são alguns dos objetivos centrais do programa.

Os dados de monitoramento de processos referentes a um ciclo de implementação da versão brasileira, juntamente a dados de avaliação da estratégia – conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo e pela Universidade Federal de Santa Catarina – mostram que, na percepção dos educadores, o programa contribuiu para o desenvolvimento de algumas habilidades de vida para as crianças e o aprimoramento da qualidade nas relações em sala de aula. Além disso, trouxe impactos positivos na autopercepção do educador e em seu manejo de sala de aula.

Ao final de um ciclo, percebeu-se que a maioria  dos educadores afirmaram que o programa contribuiu para uma mudança de percepção positiva sobre si mesmos como educadores. É importante ressaltar que tanto professores quanto diretores consideram o Jogo Elos bastante útil para produzir mudanças nos  comportamentos dos educandos  em sala de aula, como se vê no gráfico a seguir.

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Atualmente, o programa está em execução em algumas cidades do Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil. É possível, ainda, implementar o Componente Familiar-Comunitário do programa nos municípios interessados. Suas ações são voltadas às interações entre as crianças acompanhadas pelo Elos, seus pais ou cuidadores e adultos de referência que compõem sua comunidade de pertencimento. Tal componente é aplicado por facilitadores, previamente formados pela equipe do Programa, que são profissionais das redes de saúde (UBS, CAPS, NASF e/ou outro) e educação de cada território das escolas,  por meio de três encontros voltados ao desenvolvimento de habilidades de vida e de proteção às crianças da faixa etária atendida pelo programa.

Equipe transformou o material em hipermídia

Levando em conta os conteúdos e a aplicação prática desses conhecimentos, uma equipe, formada por ilustradores, programadores, designers educacionais, editores de vídeo, gestores e revisores, está transformando o texto em desenhos, animações, vídeos, quadrinhos e outras linguagens, com o objetivo de possibilitar a aprendizagem de forma autônoma e também divertida. Essa retextualização é um processo de transformação baseado em teorias educacionais que entendem o cursista como agente na construção do conhecimento, apresentando, assim, uma proposta interativa com as atividades e com outros materiais complementares.

Pensando nisso, o Curso foi todo organizado em três atividades independentes, ordenadas em um percurso sugerido e disponibilizadas desde o início do Curso. Assim, todos os conteúdos permearão as atividades. Dessa forma, o cursista pode determinar a ordem em que irá realizar as atividades, conforme lhe for mais conveniente, seguindo ou não a sugestão proposta. A linguagem  usada se aproxima de uma conversa, tornando a aprendizagem mais leve e prazerosa.

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As atividades estão fundamentadas nas temáticas abordadas nos três módulos de estudo do Curso, cada uma delas estará dividida em sete etapas. Para o recebimento do certificado, algumas etapas principais, indicadas dentro de cada atividade, deverão ser realizadas. Após ter concluído todas as atividades e ter respondido ao questionário de “Avaliação do Curso e Autoavaliação”, o cursista poderá receber a certificação.

As atividades estarão no Ambiente Virtual de Ensino Aprendizagem, cujo objetivo principal é possibilitar um espaço de construção do conhecimento por meio do desenvolvimento de atividades. Também serão usados como recurso didático alguns programas temáticos que irão trazer discussões com especialistas da área e videoaulas, para retratar experiências práticas.

O Curso contará, também, com materiais complementares, de diferentes autorias, indicados por consultoras técnico-científicas, para quem tiver interesse em aprofundar seus conhecimentos. O material em Libras desenvolvido para a 6.ª edição do Curso também foi disponibilizado nesse espaço como um recurso complementar. Nesta edição, não haverá material impresso.

As matrículas ficarão abertas até o dia 14 de setembro, e já estão matriculados 35 mil cursistas. É possível realizar a matrícula preenchendo o formulário na aba “Matrículas”.

O início da 7.ª edição do CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS: CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS será dia 1º de outubro. Até lá, os cursistas matriculados receberão seu login e senha por e-mail. O certificado de extensão universitária será disponibilizado on-line para todos os cursistas concluintes.

Matrículas Abertas para a 7.ª Edição do Curso

A prevenção ao uso de drogas envolve profissionais de diversas áreas que formam uma rede para acolher e aconselhar usuários, famílias e comunidades. Nesta edição, serão oferecidas 40.000 vagas para capacitar conselheiros estaduais e municipais, líderes comunitários e demais interessados de todo o Brasil, buscando fortalecer a atuação em rede para a prevenção do uso de drogas e sua interface com a temática da violência.
O Curso é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça (SENAD-MJ), e está sendo realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, por meio do Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional (NUTE-UFSC), e será oferecido gratuitamente na modalidade de ensino a distância.

A 7.ª edição do Curso já está com as MATRÍCULAS ABERTAS. Podem se inscrever atuantes dos Conselhos Municipais de Segurança, sobre Drogas, Tutelar, Direitos da Criança e do Adolescente, de Educação, da Saúde, de Assistência Social, Escolares, da Juventude, do Idoso, do Trabalho e de Segurança Comunitária. Também podem participar líderes comunitários em ações de prevenção ao uso de álcool e outras drogas, policiais, agentes comunitários de saúde e demais interessados em atuar na prevenção de outras drogas por meio do fortalecimento da rede comunitária.
Nesta edição, o Curso começa em 1.º de outubro de 2015, com carga horária de 120 horas e dois meses de duração. Este Curso possibilitará aos conselheiros e líderes comunitários a articulação de uma rede local preparada para abordagem das questões relacionadas ao uso de drogas nos municípios brasileiros.
Para realizar a matrícula basta acessar o site www.conselheiros7.com.br, clicar na aba “Matrícula” e preencher o formulário com os seus dados.

Profissionais que já realizaram o Curso dão depoimento sobre o aprendizado

O CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS: CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS está indo para a 7.ª edição, e pessoas de todo o Brasil podem participar.

Com o objetivo de capacitar conselheiros estaduais e municipais,  líderes comunitários e demais interessados para a atuação na prevenção do uso do crack, álcool e de outras drogas, o Curso é realizado por profissionais de diferentes áreas: Psicologia, Saúde, Educação, Segurança, entre outras.

Alguns cursistas que participaram das edições anteriores deram depoimentos sobre a experiência e relataram como colaborou para sua atuação na comunidade e transformou o modo como lidavam com os usuários de drogas.

“O curso tem proporcionado esse espaço de informação, para que nós possamos substituir nossas ideias preconcebidas e clichês por atitude e conhecimento inovadores. Na minha vida, eu percebo um novo horizonte: não basta apontar e culpar pelo uso de drogas, nós temos que, juntos, buscar soluções”, avalia o cursista do Distrito Federal.

Cada um utiliza os conhecimentos adquiridos durante o Curso de maneira diferente, adaptando os conteúdos à própria realidade. Mesmo que não atuem de forma direta na prevenção do uso uso de drogas, alguns profissionais realizam o Curso em busca de um complemento. É o caso de uma das cursistas que é enfermeira sanitarista em Pernambuco. Em seu depoimento destaca, por exemplo, a importância do Curso para ela: “É uma ampliação do conhecimento sobre o tema, então está me fornecendo uma atualização. Embora eu não atue diretamente com drogas, está inserido no meu trabalho, que é saúde pública”.

Outro cursista do conselho tutelar da Bahia percebe que o Curso oferece subsídios para melhorar o atendimento às famílias dos usuários. No depoimento, ele conta: “Eu tiro dúvidas. Tem pessoas, mães, que nos perguntam, e a gente começa a dialogar. Tenho certeza de que o Curso vai me ajudar bastante durante as reuniões nas escolas, nas comunidades”.

A 7.ª edição  está sendo desenvolvida pelo Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional da Universidade Federal de Santa Catarina (NUTE-UFSC) e é promovida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (SENAD-MJ).

7.ª edição do Curso seguirá os princípios da autoformação

Nesta edição do CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS: CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS, serão implementados os princípios da autoformação. Nessa proposta, o cursista poderá seguir o percurso pedagógico sugerido ou, ainda, criar o seu próprio percurso, transitando pelos conteúdos de maneira livre, e, assim, construir  seu próprio aprendizado.

Como  isso se dá? É simples, todos os conteúdos e orientações estarão disponíveis no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem, e os cursistas podem escolher o seu próprio caminho dentro do Curso, de acordo com seu interesse, conhecimento e curiosidade. Dessa forma, o cursista tem mais flexibilidade e autonomia, sendo responsável por guiar seu aprendizado de acordo com a sua necessidade.

Essa proposta pedagógica confia ao cursista maior responsabilidade e inúmeras possibilidades, oferecendo-lhe um papel central no processo formativo. Cabe registrar, no entanto, que serão certificados os cursistas que completarem as atividades e tiverem aproveitamento na avaliação de desempenho.
Este Curso  está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional (NUTE), e promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (SENAD-MJ).