Supervisora do Fortalecendo famílias conta como funciona o programa

O Programa Fortalecendo Famílias – PFF é uma metodologia preventiva voltada para famílias com filhos entre 10 e 14 anos. O programa acontece ao longo de sete semanas com atividades para pais e filhos e tem duração de duas horas por encontro.

A idéia é uma adaptação feita pelo Ministério da Saúde a partir da versão do Strengthening Families Programme, criada no Reino Unido.  Para a condução dos encontros são necessários três facilitadores. No Brasil, os profissionais formados são, em sua maioria, da Proteção Básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e que geralmente já trabalham com famílias no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS. Não há, entretanto, restrição para que outros profissionais de diferentes setores atuem no Programa.

Na entrevista a seguir a supervisora nacional do Programa Fortalecendo Famílias Viviane Rocha, conta como funciona o programa e mostra alguns resultados  expressivos na produção de mudanças comportamentais.

O que exatamente acontece ou deixa de acontecer na família que pode proporcionar um ambiente de proteção ao invés de risco?

Quando conversamos sobre prevenção, é comum que as pessoas tenham uma ideia já formada de que o núcleo familiar tem muita importância nas escolhas que os membros daquela família farão ao longo da vida. Para  o Programa Fortalecendo Famílias são os vínculos entre pais e filhos os grandes indicadores de que as pessoas ali poderão seguir rumos benéficos incluindo sua saúde mental.

Qual é a proposta do programa Fortalecendo Famílias para fortalecer esses vínculos?  

A proposta desse programa é desenvolver atividades em grupo ao longo de sete semanas abordando temas comuns ao cotidiano de uma família. Em cada um dos sete encontros, acontecem os três tipos de reunião: pais, filhos e família. Pais e filhos participam de encontros separados porém simultâneos. Assim que se encerram as atividades específicas, as famílias se reúnem num único espaço e passam a trabalhar juntos. No total, o encontro dura cerca de duas horas.

Quais são os temas trabalhados no programa?

Os temas propostos vão desde atitudes gentis e de elogio uns aos outros até a construção de um projeto de vida, passando pelo desenvolvimento de habilidades de comunicação assertiva, empatia, solução de conflitos, estabelecimento de regras de convivência e diversão em família.

O que se espera do Fortalecendo Famílias e quais são os resultados já observados?

Como resultado, espera-se que essas famílias tenham progressivamente mais habilidade para lidar com os conflitos e dar suporte mútuo expressando afeto, amor sem abrir mão dos limites necessários.

O programa apresenta resultados internacionais expressivos na redução dos comportamentos agressivos, antissociais e do abuso de álcool, além do fortalecimento dos vínculos. No Brasil, os dados de avaliação da intervenção brasileira, realizada pela Universidade de Brasília (UnB), demonstram que os jovens e seus familiares identificaram-se com as atividades e fizeram ótima adesão às ações. Os participantes apresentaram bons níveis de participação, satisfação com os procedimentos e apreciação dos temas como relevantes para a própria vida.

Desde 2013 foram formados mais de 280 profissionais para a condução dos encontros com as famílias nas seguintes cidades: Brasília – DF, São Paulo -SP, São Bernardo do Campo – SP, Florianópolis -SC, Fortaleza-CE, Rio Branco e região do Alto Juruá, no Acre. Até o momento, mais de 50 grupos foram realizados totalizando 400 famílias que finalizaram o PFF.

O que é o programa Jogo Elos – Construindo Coletivos?

Articulado nacionalmente pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD-MJ), o Jogo Elos – Construindo Coletivos é um programa preventivo, direcionado a crianças entre seis e dez anos, que vem sendo aplicado em diversas regiões brasileiras. O programa se traduz em uma proposta lúdica na qual educandos, divididos em equipes, são convocados a seguir certas regras de convivência, combinadas coletivamente entre alunos e professor.

Com o objetivo de construir novos modos de convivência social, o programa busca incidir sobre comportamentos do tipo agressivo, hiperativo, tímido e isolado socialmente, considerados fatores de risco a possíveis problemas psicossociais, entre eles o envolvimento abusivo com o uso de álcool e outras drogas.

O Jogo Elos, nome dado ao programa em sua adaptação cultural para a realidade brasileira, foi desenvolvido originalmente na década de 1960, na Universidade de Kansas, EUA, pelos pesquisadores Harriet Barrish, Muriel Saunders e Montrose Lobo, com o intuito de ajudar os professores a gerirem melhor suas salas de aula e contribuírem na mudança comportamental positiva de seus estudantes.

A coordenadora de Saúde Mental, do Ministério da Saúde, Raquel Turci Pedroso, e a multiplicadora nacional do programa, Flora Lorenzo, contam um pouco sobre o Jogo Elos:

O Elos é implementado por professores e se configura como uma estratégia lúdica de mediação das relações interpessoais no contexto de sala de aula. O educador, por meio do fomento ao trabalho em coletivos, atua na sensibilidade e respeito das crianças em relação a si mesma, ao outro e ao que é do grupo. O jogo é conduzido de três a cinco vezes por semana durante todo o ano letivo, podendo ser realizado em conjunto com qualquer atividade pedagógica que não necessite da intervenção direta do educador.

O programa propõe a redução de fatores de risco e o favorecimento de fatores de proteção ao uso e abuso de álcool, tabaco e outras drogas nos ambientes escolar e familiar às crianças da faixa etária atendida. Abrange ações voltadas à redução de interações que aumentam potencialmente sua vulnerabilidade, especificamente interações caracterizadas como agressivas, de dispersão e de retraimento nos contextos de sala de aula. Paralelamente, pretende fomentar o desenvolvimento de habilidades de vida e de proteção ao fenômeno em questão.

Fomentar atitudes positivas e colaborativas promovendo a construção de coletivos democráticos; oportunizar o desenvolvimento de habilidades sociais como autoconhecimento, autocontrole, autonomia, assertividade, empatia, escuta, oralidade e tolerância; fortalecer o vínculo entre alunos e professores, são alguns dos objetivos centrais do programa.

Os dados de monitoramento de processos referentes a um ciclo de implementação da versão brasileira, juntamente a dados de avaliação da estratégia – conduzida por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo e pela Universidade Federal de Santa Catarina – mostram que, na percepção dos educadores, o programa contribuiu para o desenvolvimento de algumas habilidades de vida para as crianças e o aprimoramento da qualidade nas relações em sala de aula. Além disso, trouxe impactos positivos na autopercepção do educador e em seu manejo de sala de aula.

Ao final de um ciclo, percebeu-se que a maioria  dos educadores afirmaram que o programa contribuiu para uma mudança de percepção positiva sobre si mesmos como educadores. É importante ressaltar que tanto professores quanto diretores consideram o Jogo Elos bastante útil para produzir mudanças nos  comportamentos dos educandos  em sala de aula, como se vê no gráfico a seguir.

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Atualmente, o programa está em execução em algumas cidades do Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil. É possível, ainda, implementar o Componente Familiar-Comunitário do programa nos municípios interessados. Suas ações são voltadas às interações entre as crianças acompanhadas pelo Elos, seus pais ou cuidadores e adultos de referência que compõem sua comunidade de pertencimento. Tal componente é aplicado por facilitadores, previamente formados pela equipe do Programa, que são profissionais das redes de saúde (UBS, CAPS, NASF e/ou outro) e educação de cada território das escolas,  por meio de três encontros voltados ao desenvolvimento de habilidades de vida e de proteção às crianças da faixa etária atendida pelo programa.

A 7.ª edição do Curso começa em 1º de outubro

Ao longo das seis edições anteriores do Curso, foram ofertadas cerca de 140 mil vagas. Ao todo, matricularam-se efetivamente 140.045 mil cursistas. Além disso, mais de 117 mil interessados ficaram em lista de espera. Nesta 7.ª edição do CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS, mais 40 mil pessoas têm a possibilidade de atualizar-se sobre a temática das drogas.

Com o término das matrículas desta edição, em 14 de setembro, atingiu-se  o total de 41.440 matriculados no Curso, um pouco a mais do que o esperado. A próxima etapa agora, para os matriculados, é esperar pelo e-mail, que lhes será enviado automaticamente, contendo o login e a senha para acesso ao AVEA.

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Lembramos que o Curso terá início em 1º de outubro e término em 7 de dezembro de 2015.  O material, em forma de hipermídia, será disponibilizado em meio digital, no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA), e continuará  acessível, ao final do Curso, para todos os interessados.

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Aos cursistas concluintes será oferecido um certificado, on-line, de extensão universitária.

Este Curso  foi desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional (NUTE), e promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (SENAD-MJ).

Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas abriu Consulta Pública

O Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD), por meio do Ministério da Justiça, abriu consulta pública, convidando os interessados a apresentarem suas propostas para integrar a posição do Conselho na Sessão Especial das Nações Unidas sobre o Problema Mundial das Drogas (UNGASS) 2016.

A UNGASS 2016 é a Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) sobre o problema mundial das drogas. Todos os países se reunirão em abril de 2016 e estão sendo convidados a apresentar suas propostas para o debate sobre as principais diretrizes globais a respeito das drogas, a serem seguidas pelo Estados membros da ONU.

Como critério, foram definidos cinco eixos temáticos para compor o debate: Drogas e Saúde, Drogas e Delinquência, Direitos Humanos, Novos Enfoques e Desenvolvimento Alternativo. Para apresentar propostas, os interessados deverão preencher o Guia para a consulta pública UNGASS 2016 e enviá-lo, até 20 de outubro de 2015, para o CONAD por intermédio do e-mail conad@mj.gov.br. O Conselho realizará, ainda, uma audiência pública a fim  de discutir as sugestões encaminhadas.

As sugestões podem virar propostas e, assim, ajudar a melhorar as ações mundiais sobre o problema das drogas. Para saber mais sobre a sessão, prazos e procedimentos, visite o site do evento www.unodc.org/ungass2016.

Equipe transformou o material em hipermídia

Levando em conta os conteúdos e a aplicação prática desses conhecimentos, uma equipe, formada por ilustradores, programadores, designers educacionais, editores de vídeo, gestores e revisores, está transformando o texto em desenhos, animações, vídeos, quadrinhos e outras linguagens, com o objetivo de possibilitar a aprendizagem de forma autônoma e também divertida. Essa retextualização é um processo de transformação baseado em teorias educacionais que entendem o cursista como agente na construção do conhecimento, apresentando, assim, uma proposta interativa com as atividades e com outros materiais complementares.

Pensando nisso, o Curso foi todo organizado em três atividades independentes, ordenadas em um percurso sugerido e disponibilizadas desde o início do Curso. Assim, todos os conteúdos permearão as atividades. Dessa forma, o cursista pode determinar a ordem em que irá realizar as atividades, conforme lhe for mais conveniente, seguindo ou não a sugestão proposta. A linguagem  usada se aproxima de uma conversa, tornando a aprendizagem mais leve e prazerosa.

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As atividades estão fundamentadas nas temáticas abordadas nos três módulos de estudo do Curso, cada uma delas estará dividida em sete etapas. Para o recebimento do certificado, algumas etapas principais, indicadas dentro de cada atividade, deverão ser realizadas. Após ter concluído todas as atividades e ter respondido ao questionário de “Avaliação do Curso e Autoavaliação”, o cursista poderá receber a certificação.

As atividades estarão no Ambiente Virtual de Ensino Aprendizagem, cujo objetivo principal é possibilitar um espaço de construção do conhecimento por meio do desenvolvimento de atividades. Também serão usados como recurso didático alguns programas temáticos que irão trazer discussões com especialistas da área e videoaulas, para retratar experiências práticas.

O Curso contará, também, com materiais complementares, de diferentes autorias, indicados por consultoras técnico-científicas, para quem tiver interesse em aprofundar seus conhecimentos. O material em Libras desenvolvido para a 6.ª edição do Curso também foi disponibilizado nesse espaço como um recurso complementar. Nesta edição, não haverá material impresso.

As matrículas ficarão abertas até o dia 14 de setembro, e já estão matriculados 35 mil cursistas. É possível realizar a matrícula preenchendo o formulário na aba “Matrículas”.

O início da 7.ª edição do CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS: CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS será dia 1º de outubro. Até lá, os cursistas matriculados receberão seu login e senha por e-mail. O certificado de extensão universitária será disponibilizado on-line para todos os cursistas concluintes.

O material da 7.ª edição foi escrito por especialistas e pesquisadores da área

O material didático da 7.ª edição do  Curso , elaborado por autores de todo o Brasil, que são pesquisadores e especialistas na área, está sendo retextualizado por uma equipe multidisciplinar, com profissionais de áreas distintas, que está desenvolvendo o e-book.

No primeiro módulo, serão discutidos, de forma interdisciplinar, os seguintes conceitos: sujeitos, contextos e drogas. Dividido em cinco unidades, esse módulo é escrito pelos autores elencados a seguir.

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No segundo módulo do e-book: “Redes para promoção, prevenção, redução de danos e cuidado”, composto por três unidades, tematizam-se questões relacionadas às ações em saúde sustentadas na integralidade e na multideterminação das práticas preventivas, ancoradas na compreensão de promoção de saúde sobre o fenômeno do uso de drogas. A escrita desse módulo envolveu autores de distintas IES do País, cujos dados são apresentados abaixo.

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O terceiro módulo: “Políticas públicas sobre drogas”, também organizado em três unidades, enfoca as  leis sobre drogas, à luz dos direitos humanos, das políticas públicas em saúde mental e drogas, na perspectiva da atenção psicossocial e da participação comunitária. Escrevem esse módulo autores ligados a instituições públicas, como se registra no diagrama  a seguir.

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Convém registrar que o último texto do módulo foi reeditado, a partir do material da 5.ª edição, pelas autoras Karen Santana de Almeida e Andrea Lagares Neiva. A versão original tem, igualmente, a colaboração de Cátia Betânia Chagas.

A autoria dos textos, que envolveu pesquisadores e profissionais da área, reforça não só a qualidade do material didático, mas também a proposta do Curso, que se pauta numa formação crítica que contempla e respeita a diversidade das concepções teóricas e dos métodos praticados em campo. Além disso, os temas e as discussões buscam, efetivamente, o fortalecimento das práticas comprometidas com a transformação da realidade social, sempre fundamentadas na defesa dos direitos humanos e da cidadania dos usuários de drogas.

A 7.ª edição do Curso oferecerá certificado de extensão universitária, com carga horária de 120 horas, para todos os cursistas aprovados. As matrículas estão abertas e podem ser realizadas na aba “Matrícula”.

Quem pode fazer a 7.ª edição do Curso?

A prevenção do uso de drogas é parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo Estado, as quais objetivam reduzir os problemas relacionados ao consumo dessas substâncias – sociais, de saúde pública, situações de vulnerabilidade, envolvimento com tráfico, entre outros.

O público-alvo da 7.ª edição do CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS – CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS é formado principalmente por líderes comunitários e profissionais dos conselhos municipais, que atuam em várias áreas, entre elas: saúde, educação, assistência social, proteção dos direitos da criança e do adolescente. Também poderão participar desta edição pessoas diretamente envolvidas na questão da prevenção dos problemas relacionados ao uso de drogas, assim como outros interessados na temática do Curso. Realizado a distância, o Curso busca capacitar quarenta mil pessoas para atuarem na prevenção dos problemas relacionados ao uso de drogas, com foco no fortalecimento das redes comunitárias. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) defende que, para se conhecer – de modo mais abrangente – a realidade local e planejar ações em parceria com todos os setores, é fundamental o trabalho articulado entre diferentes Conselhos, nos estados e municípios brasileiros, integrando em rede as diversas áreas, como segurança, educação, saúde, direitos humanos, assistência social, infância e adolescência, entre outras, por meio da troca de saberes.

O Curso, oferecido gratuitamente, começa em 1.º de outubro e termina em 7 de dezembro de 2015, totalizando 120 horas ao longo dos dois meses de duração. As matrículas estão abertas e podem ser realizadas na aba “Matrícula” até o dia 14 de setembro de 2015.

Canal no YouTube tem conteúdos de outras edições do Curso

A prevenção do uso de drogas é feita por pessoas de diferentes áreas, nos mais variados contextos e realidades: em comunidades em que há tráfico de drogas, com população em situação de rua, em ambiente familiar ou em abordagens policiais. Com tantas formas de abordagem possíveis, é importante entrar em contato com outros projetos, que podem servir de exemplo e inspiração. É por meio da troca de experiências e de informações que se constrói uma rede de acolhimento mais forte e conectada, capaz de lidar com todos os tipos de situações.

O CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS: CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS, nas últimas edições, procurou projetos desenvolvidos em diferentes comunidades, entrevistou conselheiros e lideranças comunitárias e alguns cursistas, mostrando sua atuação na formação das redes de acolhimento. Isso ficou registrado em vídeos que podem ser encontrados no canal Conselheiros SENAD, no YouTube. Os conteúdos são variados e contemplam, por exemplo, entrevistas com os autores do material didático, rodas de conversas e debates com especialistas da área, e vídeos explicativos sobre algumas etapas do Curso.

Em Recife, por exemplo, as redes de acolhimento para dependentes de drogas integram vários setores: justiça, saúde, assistência social, educação, segurança pública, ONGs, cultura e esporte. A cidade é dividida em seis territórios, cada um com uma estrutura básica para o atendimento, que buscam, por meio da intersetorialidade, contemplar todas as necessidades daqueles que buscam ajuda. “O usuário não chega com uma demanda só de assistência social; ele chega com uma demanda de saúde, de previdência, de trabalho. Então, nós nunca estamos sozinhos; nós sempre precisamos nos articular”, diz a chefe de setor do Centro POP de Recife, Érika Leão. Para saber mais sobre como se dá esse processo, acesse o vídeo:

Em Florianópolis, o Instituto Arco-Íris trabalha com redução de danos e amparo a usuários e detentos. O  Asas da Liberdade, projeto desenvolvido pelo instituto em unidades de detenção feminina nas cidades catarinenses de Tijucas, Itajaí e Florianópolis, atende mulheres em situação de reclusão. “É muito bom quando você acha que está tudo perdido e vê que tem pessoas que ainda confiam em ti, que te resgatam”, conta Sayonara dos Santos, que participou do projeto e hoje é Agente de Redução de Danos do Instituto. Ela faz intervenção de campo em outro projeto, o Travessias Urbanas, que trabalha com redução de danos de garotos de programa e moradores de rua, a maioria deles usuários de álcool e outras drogas. Para conhecer mais sobre o Instituto Arco-Íris, assista ao vídeo disponível em:

Outra instituição que atua em Florianópolis, na comunidade Monte Serrat, é o Centro Cultural Escrava Anastácia, que possui projetos que atendem usuários e famílias e oferecem oportunidades aos jovens, colaborando para a prevenção do uso de drogas e do envolvimento com o tráfico. Além das Casas de Acolhimento, que recebem pessoas em situação de rua e filhos de usuários de drogas, dando abrigo, comida e amparo, o Centro também desenvolve projetos voltados especificamente para jovens. Entre esses projetos,  estão o Procurando Caminho, que busca a reintegração e a socialização dos jovens a partir da prática do surf; a Incubadora Popular de Empreendimentos Solidários, que dá suporte à criação de micro e pequenas empresas; e o Jovem Aprendiz, que oferece cursos e tem parcerias com empresas para empregar os participantes. Você pode conhecer um pouco mais sobre as ações do Centro no vídeo que está disponível em:

Os vídeos são inspiradores e podem ser acessados por qualquer pessoa interessada no tema. A 7.ª edição do CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS: CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS já está com as matrículas abertas. Você pode acessar o formulário na aba “Matrícula”. O Curso é oferecido na modalidade a distância a 40 mil pessoas de todo o Brasil.

Matrículas Abertas para a 7.ª Edição do Curso

A prevenção ao uso de drogas envolve profissionais de diversas áreas que formam uma rede para acolher e aconselhar usuários, famílias e comunidades. Nesta edição, serão oferecidas 40.000 vagas para capacitar conselheiros estaduais e municipais, líderes comunitários e demais interessados de todo o Brasil, buscando fortalecer a atuação em rede para a prevenção do uso de drogas e sua interface com a temática da violência.
O Curso é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas do Ministério da Justiça (SENAD-MJ), e está sendo realizado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, por meio do Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional (NUTE-UFSC), e será oferecido gratuitamente na modalidade de ensino a distância.

A 7.ª edição do Curso já está com as MATRÍCULAS ABERTAS. Podem se inscrever atuantes dos Conselhos Municipais de Segurança, sobre Drogas, Tutelar, Direitos da Criança e do Adolescente, de Educação, da Saúde, de Assistência Social, Escolares, da Juventude, do Idoso, do Trabalho e de Segurança Comunitária. Também podem participar líderes comunitários em ações de prevenção ao uso de álcool e outras drogas, policiais, agentes comunitários de saúde e demais interessados em atuar na prevenção de outras drogas por meio do fortalecimento da rede comunitária.
Nesta edição, o Curso começa em 1.º de outubro de 2015, com carga horária de 120 horas e dois meses de duração. Este Curso possibilitará aos conselheiros e líderes comunitários a articulação de uma rede local preparada para abordagem das questões relacionadas ao uso de drogas nos municípios brasileiros.
Para realizar a matrícula basta acessar o site www.conselheiros7.com.br, clicar na aba “Matrícula” e preencher o formulário com os seus dados.

Profissionais que já realizaram o Curso dão depoimento sobre o aprendizado

O CURSO PREVENÇÃO DOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE DROGAS: CAPACITAÇÃO PARA CONSELHEIROS E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS está indo para a 7.ª edição, e pessoas de todo o Brasil podem participar.

Com o objetivo de capacitar conselheiros estaduais e municipais,  líderes comunitários e demais interessados para a atuação na prevenção do uso do crack, álcool e de outras drogas, o Curso é realizado por profissionais de diferentes áreas: Psicologia, Saúde, Educação, Segurança, entre outras.

Alguns cursistas que participaram das edições anteriores deram depoimentos sobre a experiência e relataram como colaborou para sua atuação na comunidade e transformou o modo como lidavam com os usuários de drogas.

“O curso tem proporcionado esse espaço de informação, para que nós possamos substituir nossas ideias preconcebidas e clichês por atitude e conhecimento inovadores. Na minha vida, eu percebo um novo horizonte: não basta apontar e culpar pelo uso de drogas, nós temos que, juntos, buscar soluções”, avalia o cursista do Distrito Federal.

Cada um utiliza os conhecimentos adquiridos durante o Curso de maneira diferente, adaptando os conteúdos à própria realidade. Mesmo que não atuem de forma direta na prevenção do uso uso de drogas, alguns profissionais realizam o Curso em busca de um complemento. É o caso de uma das cursistas que é enfermeira sanitarista em Pernambuco. Em seu depoimento destaca, por exemplo, a importância do Curso para ela: “É uma ampliação do conhecimento sobre o tema, então está me fornecendo uma atualização. Embora eu não atue diretamente com drogas, está inserido no meu trabalho, que é saúde pública”.

Outro cursista do conselho tutelar da Bahia percebe que o Curso oferece subsídios para melhorar o atendimento às famílias dos usuários. No depoimento, ele conta: “Eu tiro dúvidas. Tem pessoas, mães, que nos perguntam, e a gente começa a dialogar. Tenho certeza de que o Curso vai me ajudar bastante durante as reuniões nas escolas, nas comunidades”.

A 7.ª edição  está sendo desenvolvida pelo Núcleo Multiprojetos de Tecnologia Educacional da Universidade Federal de Santa Catarina (NUTE-UFSC) e é promovida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (SENAD-MJ).